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Helga Andrade, Barista.

BARISTA À SOLTA - parte 1

Por Gwilym Davies
(publicado na edição de junho/julho da Revista Barista Magazine - leia reportagem completa em http://baristamagazine.epubxpress.com/bam1)

Eu fiz café durante 12 anos antes de decidir participar de uma competição. Eu era alguém que trabalhava duro para promover cafés especiais todos os dias detrás do meu balcão, mas eu nunca me vi realmente como parte de uma “comunidade do café” (eu nem mesmo sabia que existia uma). Eu havia me afundado no emergente cenário gastronômico londrino com sua ênfase no sabor, conhecimento e frescor. Eu pensava que tinha uma mente aberta, sabia preparar cafés e entendia o que o café significava. A chegada da Square Mile Coffee e de Stephen Morrissey a East London, contudo, veio para mudar tudo isso.



O esforço deles para me apresentar aos torrefadores de todo o mundo e diferentes métodos de preparo me abriu a primeira janela dentro de uma extensa comunidade do café que se provou mais que satisfeita em compartilhar informações e ideias. Além disso, eu nunca havia tido o impulso de participar de uma competição de baristas. Eu não achava que uma competição era importante para um barista de balcão, que tinha recursos limitados, e eu não ia gastar os meus poucos recursos em toalhas de mesa e coisas assim.

Foi durante minhas conversas com Stephen que eu comecei a entender os benefícios de participar de uma competição. Eu entendi que elas representavam: 1) contato com o resto da comunidade do café ralando todo dia para trazer melhores cafés ao seu público. Sabendo que essa comunidade me deu grande acesso a conhecimento e ideias. 2) ainda melhor – eu estava descobrindo que era fácil superar as expectativas dos clientes (uma triste reflexão sobre o que eles bebem geralmente) e precisava de um retorno, um feedback construtivo e crítico.

“Vencer” não foi nem discutido como um motivo para competir.

Competir foi tudo isso e muito mais. Os benefícios da participação para a melhoria do café servido em cafeterias e o reconhecimento da profissão barista são óbvios. Eu sou um barista muito melhor do que era antes de competir.

2009 foi minha primeira vez competindo, e eu nunca tinha parado para pensar no que eu faria se eu ganhasse o Campeonato de Barista do Reino Unido, e o Campeonato Mundial não havia sequer passado pela minha cabeça. Eu estava completamente despreparado para isso. E eu preciso agradecer à Square Mile Coffee que sempre esteve por perto quando eu precisava de conselhos.

No meu ano como Campeão Mundial, eu recusei diversas viagens não porque eu não queria ir, mas porque eu precisava de tempo para reorganizar minha vida e juntar dinheiro para pagar os débitos gerados pelo custo da competição (dos dias de trabalho perdidos aos guardanapos). Eu estava duro, quebrado e confuso.

Voltar ao trabalho nas “carrocinhas” de café deu aos turistas (coffee visitors) em Londres a oportunidade de me fazer perguntas e mesmo se juntar a nós atrás da máquina de espresso. Minha presença também estimulou o interesse dos clientes sobre competições e café; pensando nesses “meses perdidos”, eu vejo que eles foram muito benéficos para o café em Londres.

(CONTINUA...)

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