Clube Barista: Caso do Centro de Excelência do Café em Machado/MG

Confiram o que aconteceu no caso do Centro de Excelência do Café em Machado/MG - partidarismo irresponsável impede investimentos em educação e capacitação para o pequeno produtor rural do sul de Minas:

30 dez 2011 -

Os vereadores da oposição Paulinho da Ambulância, Alves, Alemão e Melão.

Os vereadores pertencentes aos partidos DEM e PMDB, que atualmente fazem oposição ao atual prefeito Roberto Abobrinha: Alemão, Alves, Melão e Paulinho da Ambulância, usaram do regimento da Câmara Municipal de Machado e impediram que o Instituto Federal do Sul de Minas – Campus Machado, assumisse a administração do Centro de Excelência do Café de Machado e assim investisse, já no ano de 2012, mais de dois milhões de reais no local; valor este que seria investido em com cursos, palestras e programas para capacitação e qualificação do pequeno e médio produtor rural machadense e sul mineiro.

Manobra

Na noite da última quarta feira, os vereadores Alemão, Alves, Melão e Paulinho da Ambulância, na décima sétima reunião extraordinária do ano, usaram do regimento e fizeram com que um dos vereadores do bloco de oposição, no caso Melão, se abstivesse de votar, fazendo com que não ocorresse empate. Deste modo os favoráveis à aprovação do projeto conseguiriam somente quatro dos cinco votos necessários; uma vez que o presidente somente vota em caso de empate, e este era favorável a aprovação do projeto. Assim, vendo que o projeto seria derrotado, o vereador Everton pediu a suspensão da reunião, de modo a retorna-la na manhã do dia seguinte, isto para pensarem em modo regimental e legal para esta aprovação.

Na manhã de quinta feira, o presidente convocou todos os vereadores para reunião às oito da manhã. Na primeira e segunda chamada os vereadores Alemão, Alves, Melão e Paulinho da Ambulância permaneceram do lado de fora da sede legislativa, não se apresentando para a reunião, para assim impedir que houvesse quorum, ou seja, número suficiente de vereadores para votação e aprovação do projeto. Durante todo o tempo que estiveram fora da sede legislativa, os vereadores estavam acompanhados do ex secretario de Agricultura do governo Carlos, Zen.

Agora, devido ao ano de 2012 ser ano eleitoral, este projeto somente pode ser apreciado novamente, por motivos legais, em 2013; atrasando desta forma, a chance do Instituto Federal investir em nossa cidade.

Poços de Caldas, exemplo a ser seguido

Em Poços de Caldas vereadores de situação e oposição se uniram e aprovaram por unanimidade, na última sexta feira, dia 23, projeto semelhante ao que foi reprovado pela oposição em Machado, que cria mais um campus do Instituto Federal, para abertura de vários cursos superiores na cidade. Em Passos ocorreu o mesmo, foi aprovado doação de área para construção de um campus naquele local, o que inicialmente receberá uma verba do governo federal no montante de dois milhões de reais.

Terceira vez

Após votarem contra a doação de área no bairro Santo Antonio, que seria destinado à abertura de novos cursos superiores e técnicos, pelo Instituto Federal do Sul de Minas, posicionarem e lançarem campanha contra a construção no presídio na cidade de Machado, agora eles também impediram a transferência da administração do Centro de Excelência do Café para o mesmo instituto.

Mais gasto para o município

O valor gasto pelo município de Machado para manter e garantir a manutenção do local, poderia desde sua construção ser repassado para outra área, como saúde e educação. Uma vez que, desde a sua construção, a antiga Escola Agrotécnica queria realizar uma parceria para que a instalação e gastos com o local fossem mantidos pelo que hoje é o IF Sul de Minas, algo rejeitado pelo prefeito da época. O projeto seria nos mesmo moldes do que aconteceu e está ajudando a aquecer a economia de Viçosa através da sua Universidade Federal.